Dia Nacional do Combate a Violência Sexual de Crianças e Adolescentes.
Apesar da brincadeira com a foto da Maju o assunto hoje é sério.
Dia 18 de maio foi o Dia Nacional do Combate a Violência Sexual de Crianças e Adolescentes. Apesar de ter passado desapercebida por causa dos cuidados com a Maju doente, não queria deixar de falar sobre o assunto.
Os dados oficiais sobre a violência sexual contra crianças e adolescentes qualquer agência de notícia pode dar. O que pouco se divulga são as conseqüências que ficam na vida daquele que sofreu a violência. São conseqüências emocionais, físicas, econômicas e estruturais que essa violência produz na criança, na família e na sociedade.
O maior violentador da criança e do adolescente são seus parentes mais próximos, em números de ocorrência: pai, padrastos, tios, avós, irmãos, primos e mães.
O que podemos fazer quando temos conhecimento de um caso desses? Denunciar. É preciso acabar com os tabus e falar sobre o assunto.
Para que a cura se processe é necessário que a vítima entenda que sofreu violência, pois essa, muitas vezes, não tem capacidade de entender claramente o que ocorreu e que tem direito a outro tipo de tratamento que não aquele dado por seus cuidadores.
Portanto, Denuncie! 0800-99-0500
O que mais podemos fazer para proteger nossas crianças:
1. A partir de um ano e meio, é importante que a criança comece a receber noções sobre o seu corpo;
2. A partir dos 3 anos, expliquem para seu filho quais são os órgãos sexuais e os ensine a reagir a qualquer tentativa de abuso;
3. Ouça sempre o que a criança tem a dizer, por mais absurdo que seja. Mantenha um diálogo aberto e franco com seu filho, com outras crianças;
4. No caso da criança dizer que está sofrendo abuso, não duvide, mas, de imediato, não faça drama ou escândalo na sua presença. Reassegure a criança que não é culpa dela, nem é errado ela dizer isso a você e procure resolver a situação o mais rápido possível;
5. Investir na auto-estima das crianças (elogios, afirmação do seu valor, dar atenção, respeitar, etc..); e
6. Preste atenção no comportamento de adultos que a rodeiam.
Existem vários livros sobre o assunto, um que li e recomendo é Vítima, Sobrevivente, Vencedor: perspectivas sobre abuso sexual - Débora Kornfield.
E você o que tem a dizer sobre isso?